sábado, 1 de janeiro de 2011

(...)Eu encontrei-a quando não quis mais procurar o meu amor e o quanto levou foi pra eu merecer antes um mês e eu já não sei e até quem me vê lendo jornal na fila do do pão sabe que eu te encontrei e ninguém dirá que é tarde demais que é, tão diferente assim do nosso amor a gente é quem sabe, pequena ah, vai me diz o que é o sufoco que eu te mostro alguém a fim de te acompanhar e se o caso for de ir a praia eu levo essa casa numa sacola.. Eu encontrei-a e quis duvidar tanto clichê deve não ser você me falou pra eu não me preocupar ter fé e ver coragem no amor e só de te ver eu penso em trocar a minha tv num jeito de te levar a qualquer lugar que você queira e ir onde o vento for que pra nós dois sair de casa já é se aventurar. Ah vai me diz o que é o sossego que eu te mostro alguém afim de te acompanhar e se o tempo for te levar eu sigo essa hora eu pego carona pra te acompanhar.

Um velhote de cabelos brancos numa pracinha lembrando seu passado, vendo como os jovens se divertem hoje - Ah meus bailes. Analisando (ele) todos os dias passados. Triste o velhinho sozinho no mundo.
Neste mesmo dia sem esperança finta ao seu lado uma jovem velhinha - e que velhinha! Quando a viu seu coração recauchutado por algumas Pontes de Safena quase parou, sua pressão sanguínea, controlada por remédios diários, disparou.
O encontro perfeito. Levou o tempo que eles mereceram. E o velhinho, com cara de adolescente apaixonado na fila do pão, não escondia sua felicidade. O comentário era "nunca é tarde. Esse amor é diferente?". Mas o velhinho sempre dizia "a gente é quem sabe minha veia".
O velhinho é um verdadeiro companheiro. Não há sufoco para ele. Aconteça o que acontecer, ele sempre vai estar ao lado da sua velhinha. Ele venderia até sua coleção de LPs antigos de Sinatra e sua televisão Philips de madeira para fazer uma viagem eterna.
Mas você pensa que foi fácil? O velhinho demorou para acreditar, mas sua velhinha sempre dizia "tenha fé no amor meu veio". Viveram, e viveram como ninguém jamais havia vivido.
O velhinho prometeu a ela que se o tempo a levasse, desse a ela o descanso eterno, ele pegaria carona na nova jornada.
E eles morreram felizes para sempre.

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